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Dia Internacional da Pessoa com Deficiência: as histórias do Fabio e da Milene

Atualizado em 03/12/2018
Dia Internacional da Pessoa com Deficiência: as histórias do Fabio e da Milene

A Cotrisel conta com a colaboração de 35 pessoas com deficiência, funcionários que ocupam cargos nos diversos setores da empresa. Neste 03 de dezembro, Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, a cooperativa presta uma homenagem a esses colaboradores, e a toda comunidade PcD, contando a história do Fabio Fantinel da Silva e da Milene Souza Lemos, que vieram para somar.

O Fabio é portador de transtorno mental, tem 41 anos e há um ano e três meses trabalha no escritório da unidade da Cotrisel em Formigueiro. “Aqui eu ajudo os colegas a carimbar os papeis e as folhas quando sai na impressora. E quando não é de carimbar o Marcelo me diz que não precisa carimbar, aí eu não carimbo”, relatou sobre suas atividades no trabalho.

Quando questionado sobre o que o faz mais feliz na Cotrisel, Fabio afirmou que é tomar chimarrão e “quando eu dou risada aqui dos colegas, quando eles falam uma coisa bem engraçada”. E não deixou de mencionar o apreço que o “chefe” demonstra por ele: “o Seu Zeca, quando ele está ocupado, ele me chama e eu ajudo o Seu Zeca. Eu sou o querido do Seu Zeca, o mimoso, como ele diz”.

“Antes de ter PcD aqui na unidade, a gente participava na APAE e lá eu via o Fabio. E quando a gente contratou ele para a cooperativa, ele chegou aqui e mostrou que tem outro Fabio além daquele que a gente via lá, ele só precisava de um espaço para poder apresentar aquilo.

O ambiente mudou, parece que ficou mais alegre. O Fabio, dois dias por semana, frequenta a APAE e a gente sente falta do Fabinho quando ele não está na cooperativa. Ele agregou mais ao pessoal. Porque assim como ele trabalha para todos, aqui todos trabalham para ele, então foi uma sintonia perfeita”, relatou o gerente da unidade de Formigueiro José Antônio Vieira, o Zeca.

Os colegas concordam sobre as mudanças trazidas pelo Fabio e sobre a sua evolução:

A impressão que a gente tem, em comparação aos primeiros dias, é que ele ficou muito mais ativo. Nos primeiros dias ele chegou quietinho, depois começou a entrar no ritmo. O que a gente brinca ele aceita, o papel roncou lá na impressora e ele está lá pronto para pegar, é interessante a mudança dele. O ambiente também mudou bastante. Geralmente ele é o centro das atenções e das brincadeiras. E ele é sempre bem-disposto, bem tranquilo”, contou Ivan Sortica Machado.

“O Fabio evoluiu bastante. O conhecimento dele evoluiu bastante e o convívio conosco também. Ele já era comunicativo e ficou mais ainda. É parceiro, companheiro, ativo. Ele se agrupou na família Cotrisel, ele encaixou”, acrescentou Vicente Schirmann.

A Milene é portadora de síndrome de Down, tem 31 anos e há dez meses trabalha no Supermercado Cotrisel de Formigueiro: “eu junto os carrinhos, eu junto as caixas, eu ajudei a Denise a arrumar os papeis, eu faço os saquinhos de presente, eu levo as garrafas lá para trás, estava ajudando a Leia a arrumar as roupas dela”.

E as atividades dela não se restringem, nem de perto, ao seu trabalho na cooperativa. “De tarde eu tenho aula lá na APAE, todos os dias. Eu estudo também. Eu estou fazendo um concurso agora, um concurso das garrafas, porque eu vendo elas. Eu fiz umas garrafas pra Denise, a Jaque já ganhou as garrafas também. Eu faço fisioterapia com a Deise, duas vezes por semana eu fico lá com ela. Eu ajudo a mãe em casa, lavo a louça, lavo a roupa, arrumo a minha cama, varro a casa, passo pano. Faço as minhas garrafas para venda, que uma senhora quer comprar, e estou juntando dinheiro para comprar as coisas para as minhas garrafas. Eu faço a coisa certa. Eu quero ser médica”, contou a dedicada Milene.

A chegada dela no Supermercado Cotrisel também trouxe mudanças. Segundo a supervisora Denise Argenta Garcia, diariamente acontece uma adaptação. “A Milene chegou aqui quando eu estava em férias, então quando eu voltei a gente custou um pouquinho a se adaptar. A gente não teve, até então, uma pessoa com deficiência aqui, então foi mais difícil a adaptação dela conosco e nós com ela, porque era uma coisa que ninguém tinha conhecimento. Aos pouquinhos eu fui conquistando ela e mostrando, devagarinho, como ela tinha que fazer as coisas. Agora está bem tranquilo.

A rotina mudou, houve a adaptação de todo mundo com ela. Tem dias que ela está bem e tem dias que ela não está bem. Então, conforme o humor dela, durante a manhã a gente vai entusiasmando ela, se ela está pra baixo. Existe uma relação de amizade com a Milene. Aqui dentro, eu sou como uma mãe para ela”, relatou Denise.

Para a vendedora da Lojinha Cotrisel Léia Knieling dos Santos, a mudança foi grande: a Milene, além de nos auxiliar, ela traz uma alegria, ela traz um aprendizado para nós, importante para a gente saber respeitar e trabalhar com as diferenças de cada um. Isso é gratificante! Depois da Milene aqui, o Supermercado Cotrisel e a Lojinha viraram outro ambiente”.

Hoje, a Cotrisel só tem a agradecer pelo empenho e pela enorme contribuição que esses 35 funcionários trazem à cooperativa. Obrigado por fazerem a diferença!

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