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[DETEC INFORMA] Importância do nitrogênio na cultura do arroz irrigado

Atualizado em 11/07/2019
[DETEC INFORMA] Importância do nitrogênio na cultura do arroz irrigado

A cultura do arroz irrigado constitui importância relevante tanto do ponto de vista econômico como social, gerando emprego e renda em nossa região. Porém, os altos rendimentos nessa cultura dependem de suprimentos de água e nutrientes como potássio e nitrogênio, sendo este último um dos nutrientes que mais limitam a produtividade do arroz irrigado, quando em falta.

A adubação nitrogenada da cultura busca elevar os teores de N mineral no solo, estado em que N pode ser prontamente absorvido pela planta de arroz, que, como resposta ao insumo, tem um aumento no número de perfilhos. Os perfilhos, por sua vez, são componentes do potencial de produtividade, pois refletem em número de panículas por hectare, área foliar, que eleva a eficiência de interceptação da radiação solar e a taxa fotossintética e, consequentemente, a produtividade de grãos.

Os fertilizantes nitrogenados possuem baixa eficiência em solos alagados, pois o nitrogênio é um nutriente móvel no sistema solo-planta e se perde facilmente por lixiviação, volatilização e desnitrificação. Outros fatores, como baixas doses de aplicação e diminuição do teor de matéria orgânica no solo em consequência dos cultivos sucessivos, também interferem na eficiência da adubação nitrogenada.

Com o aumento da demanda mundial por arroz, a eficiência na utilização e a gestão dos fertilizantes nitrogenados se tornam cada vez mais urgentes. Uma forma de diminuir as perdas e aumentar a eficiência de aproveitamento do nitrogênio é o parcelamento das aplicações durante o ciclo da cultura e a utilização de fontes de liberação gradual de N, como por exemplo a fonte de N Yara vera, que na cultura do arroz flexibiliza a aplicação em solo seco antes da entrada da água de irrigação. A princípio, a liberação de N dos fertilizantes de liberação controlada ocorre com maior sincronismo à demanda das plantas, se comparadas às fontes solúveis como a ureia.

A dose recomendada de nitrogênio pelo manual de adubação (SOSBAI,2012) é de 120 kg por hectare de N, equivalente em ureia a 260 quilos, sendo esse baseado em análise de solo. Recomenda-se o parcelamento de N em três aplicações, sendo assim 10 kg de N por hectare no processo de semeadura, juntamente com o fósforo e potássio e os 110 kg de N restantes divididos em duas aplicações; uma no estádio V4 (quatros folhas totalmente expandidas) e o restante em R0 (iniciação da panícula) essas duas fases visam atender as fases de maior demanda da cultura pelo nutriente proporcionando assim uma melhor eficiência e consequentemente aumentando a produtividade e a rentabilidade do produtor.

Nos dias de hoje, com novas cultivares de arroz no mercado com potencial produtivo cada vez maior, observa-se que ocorrem respostas positivas em produtividade com doses maiores de N e com associações de nitrogênio e potássio.

Neste texto, abordamos somente um nutriente sobre a cultura do arroz. No entanto, existem inúmeros nutrientes de maior e de menor importância para a cultura. Aqui, o nosso objetivo é transmitir conhecimento para que, juntos, possamos extrair o máximo rendimento em nossas áreas.

 

Em caso de dúvidas, consulte um técnico da Cotrisel da sua cidade.

 

Engenheiro Agrônomo Tobias Alves da Silva

DETEC – Vila Nova do Sul/RS

 

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