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[DETEC INFORMA] Fixação biológica de nitrogênio (FBN) na cultura da soja
Você sabia que o nitrogênio é o nutriente requerido em maior quantidade pela cultura da soja? Segundo pesquisas, para produzir cerca de 1 ton. de grãos, são necessários aproximadamente 80 kg de nitrogênio (N), o que equivale a 177 kg de uréia.
A existência de bactérias que realizam o processo de fixação biológica de N, dispensa o uso de fertilizantes minerais como fonte de N. Tais bactérias, do genêro rhizobium, formam nódulos nas raízes e transformam o N do ar em composto que são utilizados pelas plantas, garantindo o fornecimento deste nutriente, por todo o ciclo da cultura.
Uma das principais exigências para que a FBN seja eficaz, é a inoculação das sementes com determinados grupos de bactérias, no caso da soja, Bradyrhizobium japonicum e Bradyrhizobium elkanil e atualmente, estudos mostram o uso da coinoculação, com adição da bactéria Azopirillum, a qual é promotora de crescimento.
Existem inoculantes líquidos e sólidos/turfas, e deve-se ter cuidado com a procedência (registro no Ministério da Agricultura), cuidados com o transporte e acondicionamento, evitar contato direto com a luz solar e armazenar em local seco e arejado.
O processo de inoculação deve ser realizado a sombra, com tambor rotatório ou máquinas específicas, deixando a semente secar por no mínimo 30 min, preferencialmente momentos antes do plantio. No caso do uso de inoculantes turfosos, recomenda-se umedecer 50 kg de semente com 300 ml de solução açucarada, para melhor aderência. A solução deve ser preparada com 100 g de açúcar, diluído em 1 litro da água. Alerta-se a importância de evitar o contato do inoculante durante o tratamento de sementes com outros agroquímicos. Quando for realizado o tratamento de sementes, recomenda-se inoculação via sulco, com dose tripla e no mínimo volume de calda de 50 l/ha. Sugere-se que a inoculação seja realizada anualmente, e em áreas novas, que se utilize o dobro da dose de inoculantes
A realização da inoculação proporciona um ganho em produtividade de 8%, comparado a uma área não inoculada. Sendo, uma tecnologia de baixo custo e muito responsiva.
Para maiores esclarecimentos contate um técnico no DETEC da Cotrisel em sua cidade.
Fonte: Engenheiro Agrônomo Tobias Alves da Silva
DETEC – Vila Nova do Sul/RS.